Uma conversa 100% sobre roteiros com Melissa Rosenberg
Qual a difenrença entre escrever New Moon e Twilight?
Melissa Rosenberg: Em Twilight você está criando o universo. Você está apresentando um mundo, e eu também estava escrevendo em um vácuo porque eu não sabia quais seriam os atores. Agora estamos indo para Lua Nova e Eclipse, e eu pude escrever específicamente com eles na minha mente. Então é um universo mais confortável.
Lua Nova não é sobre construir um mundo, mas ele tem seu próprio cardápio de desafios porque Lua Nova é muito introspectivo… Há muita conversa sobre como Edward e os Cullen não estarem presentes até o meio do livro, mas na verdade estão. Certamente, Edward está muito vivo na mente de Bella durante Lua Nova, do começo ao fim… Eu acho que os fãs ficarão muito satisfeitos com o que estamos fazendo - primeiro, porque é fiél ao livro e segundo, porque há mais Edward. Isso não pode ser ruim!
Podemos supor então que veremos mais dos Cullen e de Victoria durante Lua Nova?
MR: Eu acho que você pode supor isso, sim. Sim, você pode. Você verá.
Sobre escrever Eclipse:
MR: O terceiro foi difícil. Na verdade, o mais difícil dos três para eu escrever. Eu estava tão desapontada por este ser tão dificil de escrever porque você lê o terceiro livro e ele é ótimo, com muita ação e conflitos e você pensa, “Oh, esse vai ser o mais fácil,” e acontece que ele não acaba sendo o mais fácil. Na verdade é o mais difícil de todos.
O que foi divertido sobre Eclipse foi que Stephenie - qualquer autor quando cria um universo como Stephenie fez - tem que saber o que todas as partes estão fazendo. O livro todo é pelo ponto de vista de Bella, mas ela tem que saber, como uma escritora, o que todos os outros personagens estão fazendo quando eles deixam o mundo de Bella. Então ela tem uma mitologia muito complicada e detalhada, e esse é o porquê de ser um universo tão legal para trabalhar nele.
Como em qualquer história de ficção científica, você deve ter regras muito claras, de outra forma você perde as pessoas, como “Ok, eles podem voar; agora não podem voar.” Então as regras dela são muito, muito distintas, mas dentro disso, há um playground imenso.
Eu acho que vai ter alguma diversão, mas ainda será muito fiél ao livro. Desde o início com Twilight, isso era o que Stephenie dizia; “Faça o livro. Adapte o livro. Não use o livro como um ponto de partida…” Essa era sua diretriz básica, e isso era a única coisa que eu queria fazer, de qualquer forma.
Sobre escrever com os atores em mente:
MR: Eu sou totalmente capaz de escrever para eles… Para mim, eles se tornaram intercambiáveis com o livro, porque eles são tão parecidos com os personagens. Quando os vi pela primeira vez, quando eles foram trazidos, eu fiquei simplesmente estupefata com a perfeição da escolha do elenco. E Catherine Hardwicke e a Summit fizeram um trabalho realmente extraordinário encontrando eles.
Quando escrevi Twilight antes de eles chegarem, as vezes eu meio que tendia para o humor gracioso, as vezes para algo mais escrachado e as vezes mais sombrio. Eu coloquei muito disso no script de Twilight e isso não estava bom. Então, na verdade eu me afastei do livro de algumas maneiras. Os atores me trouxeram do roteiro de volta para o tom do livro. Então eles me ajudaram a encontrar o tom do livro, e Catherine, é claro.
Seu personagem favorito para escrever:
MR: Eu estou gostando muito de escrever Jacob. Jacob é muito divertido de se escrever. Charlie. Particularmente escrever para esse ator, Billy Burke. Charlie é alguém - Billy Burke é alguém - que você pode apenas dar uma fala, você pode dar uma fala muito emocional ou uma fala curta de humor, e esse cara pode fazer tudo e ainda trazer algo novo para a cena. Claro, eu adoro escrever o relacionamento entre Bella e Edward - é muito importante.
O maior desafio:
MR: O maior desafio é Bella/Edward, porque você está sempre escrevendo uma fala que pode cair para a intimidade real e verdadeira ou algo exageradamente sentimental ou melodramático. Romance verdadeiro e drama verdadeiro - essa é sempre a linha.
Fonte: Foforks
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