sábado, 20 de fevereiro de 2010

Entrevista da Kristen na premiere de TYH

Em The Yellow Handkerchief, Kristen Stewart interpreta Martine, uma garota solitária e problemática que sai em uma viagem pela estrada com Gordy (Eddie Redmayne), que quer se aproximar dela, e Brett (william Hurt), um ex-criminoso que acabou de sair da prisão depois de seis anos culpado por homicidio e está tentando se reconciliar com seu passado. O trio vai segue a  mesma direção, mas descobrem que seus relacionamentos estão mudados e forjados de várias maneiras.
Na premiere do filme, Kristen falou sobre o que a levou a fazer esse pequeno filme independente. Ela também deu sua opinião sobre se Amanhecer deveria ser dividido ou não em dois filmes, sobre como ela está empolgada com a estréia de The Runaways em março e suas esperanças para fazer o drama k-11 com sua mãe na direção.
P: Como foi fazer essa personagem quando você não tinha feito papéis principais na época?
K: Toda vez que você tem que interpretar uma pessoa que não é você mesma, você sai de uma zona de conforto, mas é isso que nós fazemos. Se o papel é maior, dá mais trabalho, e isso é sempre bom.

P: Como Martine repercutiu em você?
K: Eu me identifico com ela, ela é aquela típica garota que quer ser extrovertida, que quer sorrir e estar no meio de alguma coisa, mas ela sempre se sentiu constrangida e decidiu “Não posso mais fazer isso.”. Eu acho que ela se isolou de tudo.Ela se coloca acima de todo mundo. Ela não consegue falar com as pessoas porque elas a desapontaram muitas vezes e como uma reação, ela acha que é melhor do que elas. E durante a jornada, o que é uma coisa muito legal de ver uma pessoa passar por isso, ela se dá conta “Oh, Deus. Eu nunca olhei para você e agora abro meus olhos, e eu consigo ver você, e eu estava errada.”.
Eu gostei disso.
P: Você sabia que esse filme foi baseado em um filme japonês? Você viu o filme original?
K: Eu sabia que era baseado num filme japonês originalmente, mas não assisti porque aparentemente era completamente diferente. Era um filme completamente diferente.
P: Qual foi o envolvimento do produtor Arthur Cohn nesse filme?
K: Ele tinha tanta fé no material. Ele tem um senso antigo de “Eu sou o produtor e eu cuidarei de todo mundo, e a coisa mais importante aqui é o filme, as performances, chocolates e relógios.”
P: Sua personagem não tem muita sorte com garotos, desde o pai que a deixa até o cara que acaba com ela no início do filme. O que você acha que Gordy atraiu em Martine?
K: Ela provavelmente não teria que ser conquistada, ela abriu os olhos e não se sentiu tão afetada pelos caras que a magoaram. Ela é do tipo de garota que quer se expor. Toda vez que ela faz isso, as pessoas a decepcionam. Nessa jornada muitas coisas são reveladas. Para mim, o que fez Martine re-avaliar Gordy foi o jeito que Brett o via. E aí tem a cena quando nós atropelamos um veado e ele fica se sentindo mal depois. Ele a ajuda também. Ela deixa de ter preconceitos que ela não sabia que tinha. Ela está se abrindo mais às pessoas. Ela era bem fechada a elas no começo, e ela percebe que não quer ser assim.
P: Como foi trabalhar com William Hurt?
K: Ele é o ator mais atencioso e esforçado com quem já trabalhei. Eu digo isso sobre os atores com quem gosto de trabalhar. Eu digo “Oh, eles são muito esforçados e eu gosto muito deles” sobre muita gente, mas você não sabe mais do que ele sobre tudo. Com relação à estória, ele faz você trabalhar bem mais para entender as coisas. Eu não entenderia esse filme do jeito que entendo se não fosse por ele. Eu teria uma impressão completamente diferente.
P: Houve alguma cena em particular que lhe chamou atenção?
K: A cena em que nos beijamos pela primeira vez foi A cena. Era uma coisa importante, principalmente do jeito que foi escrita. Minha personagem era tão explosiva e tão sensível. Você nunca esperaria algo assim desta coisinha. Era como “O que tem de errado com você?” E os problemas dela são coisas que Gordy nunca entenderia. É como os dois lados opostos de um imã. Eu não consigo nem ver essa cena. Isso foi o que mais me intimidou, tecnicamente falando. Ela é tão bruta nessa cena e você não a conhece bem. Foi um momento que a definia bem, então eu estava nervosa de fazê-lo errado e de deixá-lo deslocado. Eu não queria que ela parecesse arbitrariamente estranha e emocional sem razão.Os personagens foram feitos tão completos que, se não os interpretássemos daquele jeito, eles não fariam sentido. Seria uma estória deixada ao acaso porque ficaria esquisito. Não é como se esses enredos apenas acontecessem. Então todas essas características dos personagens não são faladas. Eu estava nervosa com isso. Mas a ultima cena do filme eu me empenhei muito porque também foi escrita diferente. Nós chegamos lá e não tínhamos muito tempo para filmar. Estava chovendo e eles falaram “Ok, nós temos 10 minutos para fazer isso.”. Do jeito que foi escrito ela era muito sensível. Ela sente tudo. O momento em que tudo se realiza precisa ser real.
P: Fazer os sotaques foi fácil para você?
K: Eu tive que estuda-los para me desfazer deles. São 15 sotaques com Louisiana. E então você consegue voltar.
P: Como foi filmar em tantos lugares diferentes?
K: Nós estávamos em todo lugar. Mas foi legal porque é um filme na estrada, então nos sentimos como se fosse isso. O cenário ia para todo lugar.
P: Você teve tempo para se divertir em New Orleans ou no lugar que você estava trabalhando?
K: Nós filmamos no verão, então eu tinha feito 17 anos. Eu amo New Orleans. Eu trabalhei lá desde que era menor de idade. Ainda sou menor de idade. New Orleans é uma cidade para você sair, mas só andar por ela é demais. É um lugar ótimo para se estar. Eu posso ir escutar música, mas tenho que ficar do lado de fora do clube e é ótimo.
P: Alguma coisa em New Orleans especificamente fez você gostar de lá?
K: Eu gostei de cuidar das mulas que andavam na Jackson Street. Eles ficavam “Vamos, ande neles” e eu “Sem chance”. Eu só queria cuidar deles, não ia ser levada por aquelas coisas.
P: Quando você tem a oportunidade de viajar pela estrada, a viagem se torna uma jornada de auto-descoberta?
K: A única viagem de estrada que eu fiz foi voltando de Portland. Quando eu estava filmando Crepúsculo, eu comprei um pequeno caminhão e o dirigia para casa. Não foi a experiência mais transformadora, mas era divertido. Deu-me um senso de liberdade, Eu estava indo embora de uma experiência intensa.
P: Você passou muito tempo longe da sua casa, Quando você tem que viver em outro lugar por causa das gravações, você tenta fazê-lo parecido com sua casa ou você não se importa com isso e segue o seu estilo de vida onde estiver?
K: Eu tento fazer isso. Eu conheço atores que tentam fazer do trailer as suas casas. Eles literalmente colocam fotos e essas coisas. Eu não faço isso. Eu gosto de estar onde estou. Você é feito para fingir que realmente vive ali.
P: Já que agora você pode fazer sua seleção, o que te atrai a um papel? O que você procura nos scripts esses dias?
K: Por mais que você diga “Eu gostaria de fazer isso porque é diferente do que eu já fiz”, eu não posso planejar essas coisas. Além de notar se a personagem se encaixa na minha descrição e se o script é bom, o que me atrai a fazer algo assim, o que é muito estranho se você for pensar nisso, é que tem que ser mais do que só um filme.
O projeto tem que “falar” comigo, de algum jeito e isso é sempre difícil de explicar. Eu não sei o que quero fazer. E essa é a primeira vez que eu não tenho um próximo trabalho já certo. Eu tenho um horizonte totalmente limpo e isso é bem legal.
P: Não saber o que você vai fazer depois em uma área trabalho tão imprevisível te assusta?
K: Para ser honesta, você não olha os scripts que são só têm estrutura e que eles querem investir nele por causa dos atores famosos. Eu só quero trabalhar em algo comovente, e eu não consigo ser específica quanto a isso. Eu tenho sorte e não acredito que tenho mais oportunidades do que já tive um dia. É ótimo.
P: Você fez esse filme antes da saga de Crepúsculo. Você teria feito algo diferente, agora que você tem esse molde internacional?
K: Eu acho que porque eu não prendo minhas paixões, eu sigo meu coração. Seria uma vergonha se as minhas escolhas fossem afetadas só porque eu fiz esse filme, e eu sei que são quatro ou cinco filmes, mas é uma estória e um projeto para mim porque é a mesma personagem. Eu não tenho um esquema para como as pessoas vão receber os meus filmes, na ordem em que eu os faço, e por que eu faço filmes de suspense ou sobre adolescentes tristes, o que eu recebo o tempo todo. São só pessoas que eu realmente quero interpretar. Eu não sei o que diabos estou fazendo. Estou apenas interpretando personagens que falam comigo.
P: Você segue o seu coração quando está atuando também?
K: Sim. Você é contratada em um trabalho e eu tive papéis em filmes anteriores dos quais eu os fiz seriamente e gostei muito. E eu aprendi que se eu fosse uma atriz impulsiva ou se eu sentisse algo eu não precisaria sentar e pensar “Ok, esse é o porquê”, e isso ajuda bastante. Eu entendo a estória bem melhor por causa disso.
P: O que você acha de Amanhecer? Você acha que eles vão fazer dois filmes? Sabe quando isso vai acontecer?
K: Provavelmente em Novembro, mas não sei se será um filme ou dois.
P: Você está contratada para dois filmes ou para um?
K: Na verdade, eu não sei. Não imagino por que não fariam dois filmes. A estória permite dois filmes, e seria uma decepção se cortassem muito dela. Eu gostaria de fazê-lo em dois filmes, mas para ser honesta, eu não sei o que vão fazer.
P: The Runaways está ganhando bastante atenção agora também. Como tem sido e como foi a experiência do circuito do festival?
K: Nós todos sabíamos que se tivesse sido bem feito iria para o Sundance. Mas agora está sendo liberado. O filme se transformou numa coisa maior do que pensávamos, o que é muito legal. Sundance foi ótimo. Eu amo o Sundance. É o único lugar onde você pode ir, mostrar seu filme, e falar com 300 pessoas que acabaram de vê-lo. É uma experiência diferente.
P: Qual a sensação quando sua mãe liga pra você e diz “Eu vou dirigir um filme e queria que você estivesse nele”?
K: Eu queria que fosse assim. Nós estamos tentando tirá-lo do papel. Se ela me ligasse agora e dissesse “Vamos fazer o filme”, eu ficaria muito feliz. Estamos muito perto e ao mesmo tempo, somos criativamente diferentes. Seria legal. Acho que poderíamos deixar para trás toda essa coisa de família. Eu sinto que nós duas gostamos tanto do que fazemos que poderíamos realmente trabalhar juntas e fazer uma coisa muito legal.
 Fonte: kstew-army

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